sexta-feira, 18 de setembro de 2009


A Neca tem uma extensa coleção de Head Knockers, bonecos Bobble Head com a cabeça presa ao corpo por uma mola e que fica balançando quando tocada. As figuras Head Knockers medem 20 cm (8”) de altura e são feitos de um tipo de resina que parece cerâmica.
Entre as figuras da coleção estão as personagens principais de duas clássicas séries de televisão que fazem muito sucesso até hoje!
I Dream of Jeannie Head Knocker retrata Jeannie, que era um gênio que ficou presa dentro de uma garrafa por 2.000 anos, até Anthony Nelson descobri-la em uma ilha deserta e levá-la para casa.
A série Jeannie é um Gênio, criada por Sidney Sheldon, foi ao ar originalmente de 1964 até 1970 na rede americana NBC. A série teve cinco temporadas e 139 episódios produzidos.
Saiba tudo sobre Jeannie é um Gênio no site I Dream of Jeannie e na Wikipedia inglês ou em português.
Bewitched Samantha Head Knocker retrata a linda feiticeira Samantha que com seu marido James (Darrin em inglês) e sua mãe Endora vivem várias confusões divertidíssimas!
A série A Feiticeira foi transmitida originalmente pela rede ABC de 1964 até 1972 e era estrelada por Elizabeth Montgomery, Dick York (1964-1969), Dick Sargent (1969-1972) e Agnes Moorehead como Endora.
Veja mais detalhes da série A Feiticeira no Bewitched And Elizabeth Montgomery Web Site e na Wikipedia inglês ou em português.
Via Neca Online.


JEANNIE É UM GÊNIO
Antony Nelson, Major Roger Healey, Doutor Alfred Belows, sua esposa Amanda e o General Peterson completam essa trupe de um mundo improvável, onde seres das mil e uma noites se misturam com a tecnologia que imperava na Nasa dos anos 60.
Jeannie era um Gênio que vivia em uma lâmpada mágica e foi encontrada pelo astronauta e Major Antony Nelson. O enredo dessa história girava em torno das peripécias de Jeannie no mundo dos mortais, tentando agradar seu amo, porém sempre metendo-o em sérios apuros. O doutor Belows sempre desconfiado das agruras do Major Nelson, vivia em conflito com seus superiores, tentando provar que Nelson era absolutamente incomum. Na série, Jeannie se casou com o Major Nelson nas temporadas seguintes e passou a usar roupas comuns.
A série foi criada por Sidney Sheldon para a Screen Gems em 1965 e foi ao ar até 1970, com um total de 133 episódios.
A série foi exibida com muito sucesso na Tv Tupi nos anos 70 e depois na Tv Globo nos anos 80.

Tv Tupi Grandes nomes..grandes novelas



1970 - Toninho On The Rocks
Outro garçom. Nesta época ainda não havia a função de figurinista na TV. Ou se havia, era uma espécie de coordenador ou consultor, pois lembro-me que eu gravava usando minhas próprias roupas. Sempre tive um certo pânico ao gravar novelas para a televisão. Tinha me acostumado aos dois meses básicos de ensaios que se tinha comumente no teatro antes de estrear uma peça, e o ritmo rapidíssimo da TV com seus dois ensaios -um para o texto e as marcações, e outro para as câmeras- era insuficiente para me proporcionar qualquer tipo de segurança. Freqüentemente eu errava e tínhamos que recomeçar e regravar, o que acrescentava uma cereja extra de culpa ao pudim. Sem falar que o ruído incômodo que os copos e taças que tremiam nas bandejas seguras pelas minhas mãos trêmulas, causava frouxos de riso em minha querida amiga Suely Franco.Nesta novela conheceram-se e apaixonaram-se Débora Duarte e Antonio Marcos. Algum tempo depois casaram-se e tiveram uma filha, a atriz Paloma Duarte. Toninho On The Rocks (título abominável!) não fez sucesso e foi muito pouco vista, pois no mesmo horario a Tv Globo exibia Os Irmãos Coragem.
Autor: Chico de Assis
Direção: Lima Duarte
Emissora: TV Tupi, São Paulo
Personagem: garçom



























Hoje a Tv Tupi(atual sbt)faria 59 de vida se no ar ainda estivesse!

A rede tupi (primeira emissora de Tv do Brasil e no restante da américa latina), teve sua primeira transmissão realizada no dia 18 de setembro de 1950.Com um cerimonial e convidados ilustres, se fez a primeira transmissão televisiva no Brasil, no prédio do Diários associados cuja sede pertencia a Chatô. Muitas “surpresas” acontecerem no decorrer da celebração, que teve que contar com a utilização de somente metade de sua capacidade, pois segundo relataram presentes, uma das câmeras foi danificada.Outro forte rumor que gira em torno as inauguração, é a de que após 20 dias de ensaio e da primeira transmissão, não se tinha idéia do que iria ser exibido posteriormente, fato que foi desmentido por diversas vezes por Cassiano Gabus Mendes que assumiu a direção artística da Tv tupi. “ È tudo invenção do Lima Duarte...”, “ Tínhamos programação para as três semanas seguintes”... Afirmava.Como conseqüência , por ser uma espécie de “filho” do rádio, a tv teve em massa o auxílio dos profissionais de rádio, em todas as funções que seriam exercidas, desde a produção, iluminação, roteiro, direção e etc... Fato que fez da Tupi, uma grande escola para os profissionais, no inicio o horário em que a Tupi estava no ar era de 18:00 as 23:00 e tinha uma programação variada, como: programas infantis, musical, jornalismo...

Como seria a televisão brasileira se a TV Tupi e Excelsior não perdessem as concessões?
Vamos fazer uma regressão: voltaremos ao ano de 1968. O Brasil vivia uma ditadura militar e na televisão haviam alguns canais: Globo, Cultura, Bandeirantes, Tupi, Record e Excelsior. Originalmente, a Excelsior foi fechada pelos militares, e a Tupi faliu. Ambas foram substituídas pela Manchete e SBT, respectivamente. A Manchete também faliu, e hoje é a deplorável RedeTV!
Mas, imaginemos que nada houvesse mudado na televisão brasileira e se a Tupi e a Excelsior ainda estivessem no ar, o que seria de diferente no cenário televisivo brasileiro? Será que a Rede Globo seria líder de audiência? Será que a televisão brasileira teria uma qualidade melhor? Será que seríamos a referência na televisão mundial?
Perfil das emissoras:
Pra começar, SBT e Manchete nunca teriam existido, e, consequentemente, RedeTV também não, o que já seria um avanço! Sem o SBT, Silvio Santos não teria vendido a Record, e hoje a Record teria o espírito de alegria do SBT. Ou seja, a TV Record hoje pertenceria à Silvio Santos e nunca passaria nas mãos de Edir Macedo. Imagine hoje você sintonizando a Record nos domingos e vendo Silvio Santos jogar aviãozinho de dinheiro?
A Record, sendo assinada por Silvio Santos, teria algumas características de SBT: vinhetas copiadas de canais americanos — inclusive o logotipo –, histórico com novelas enlatadas, Chaves e programação infantil. Imagina a Record contando seus 56 anos de história com Festivais da MPB, Silvio Santos, Hebe Camargo, Bozo, Mara Maravilha, Gugu Liberato. Seria um SBT com o dobro de tamanho e história que tem hoje. Assim como o SBT, a Record de Silvio Santos seria uma alternativa aos canais líderes e seu carro-chefe seria o “Programa Silvio Santos”.
A Excelsior seria um exemplo de estratégia e qualidade. Para quem não sabe, a Excelsior inventou a chamada “cascata”, que é quando um programa é procedido de outro com público-alvo parecido, evitando uma debandada de audiência. Inclusive, a Excelsior inventou o esquema “novela, jornal, novela”, usado até hoje pela Rede Globo. Hoje, a Excelsior iria cobrir esportes e grandes shows com qualidade realmente de primeira.
Na Tupi, o know-how da pioneira ajudaria e muito a emissora. A Tupi inventou a novela como é hoje, contando casos do cotidiano da população, enquanto a Globo fazia histórias fantasiosas com Glória Magadán. A pioneira também inovaria hoje em dia, trazendo para o Brasil o formato das séries internacionais de grande sucesso.
Na Globo, não haveria comodismo por ser líder, mas sim uma luta para conseguir a liderança. Sempre buscando inovar, fechando parcerias internacionais, transmitindo grandes competições e tentando ao máximo inovar na TV.
Na Band, como não restaria muita coisa, só artistas em fim de carreira e campeonatos abandonados pelas grandes redes, acaba se tornando uma emissora exclusivamente jornalística.
Mercado
Assim como no resto do continente americano, exceto o México, a audiência na televisão brasileira seria disputadíssima. Com quatro grandes redes com extrema qualidade brigando pela liderança, haveriam mais produções na televisão, principalmente de teledramaturgia. Assim, o mercado para profissionais seria o triplo que é hoje. O mercado publicitário também seria muito mais divido, já que não haveria mais concentração de audiência numa só emissora.
Nesse cenário, a criatividade seria incetivada, já que não haveria mais uma emissora líder para copiar. Todas as emissoras teriam sua própria identidade visual diferenciada.
Além disso, para alimentar o mercado, novos autores, atores e apresentadores surgiriam, renovando a cara da televisão brasileira. Com novos autores, novas ideias surgiriam na tela, assim nascendo novas obras-primas da teledramaturgia brasileira.
Audiência
Globo, Tupi e Excelsior brigariam pela liderança a todo momento, assim com NBC, CBS e ABC nos Estados Unidos. Fazendo uma comparação bem por baixo, a Record seria como a Fox americana: mais popular, investiria em alguns setores e em alguns momentos lideraria.
A Record, com seu perfil popular, investiria em atrações como Ratinho, programas policiais, reality-shows. Enfim, seria muito parecida com o SBT atrás de uma audiência fácil e surgiria com alguns diferenciais, sendo a alternativa às emissoras líderes.
As emissoras, para cada vez mais conquistarem público, investiriam em mídias alternativas, como os celulares com televisão, TV digital e internet, fazendo o telespectador participar ativamente dos programas das emissoras.
Imagine você podendo participar ao vivo da internet da maioria dos programas da TV brasileira, mais ativamente do que hoje. Mais uma vantagem da competição da televisão brasileira.
Teríamos uma TV com história, competitiva, inovadora, de qualidade. Enfim, teríamos a TV que desejamos. Infelizmente isso não foi possível, graças ao fim da Excelsior e Tupi. Hoje temos que nos contentar com emissora sendo usada como lavanderia, emissoras que vendem horários, repletas de amadorismo. Pelo menos na nossa fantasia, houve uma TV com qualidade de verdade.
Por Luan Borges















LE AVVENTURE DI TOPO GIGIO, THE ITALIAN MOUSE, THE WORLD OF TOPO GIGIO





(1961, Italy) color 75 minutes





Cinecidi / Jolly FilmScreenplay: Federico Caldura, Mario Faustinelli, Maria Perego, Guido StagnaroMusic: Rinaldo Rossi, Armando TrovajoliCinematography: Giorgio BattilanaDirected by Federico Caldura
With: Ermanno Roveri, Ignazio Colnaghi, Carlo Delfini Voices: Peppino Mazzulo, Armando Benetti, Federica Milani
English-Language Version:(1965) Columbia Pictures / Sullivan EnterprisesDirected by Luca Di Rico


Video/DVD availability: VHS, DVD (unavailable)



Em 1970, a razão da minha pouca existência era um nanico tagarela que, com um charmoso sotaque italiano e jeitinho dengoso, conquistava todas as menininhas da minha idade.
Ele era lindo! Tinha 20 centímetros de altura, orelhas enormes, uns três ou quatro fios de bigode e usava calça vermelha, camisa branca, gravatinha borboleta azul e sapatos pretos. Completava o visual com suspensórios, também azuis, e um bonezinho amarelo. Para dormir, vestia uma sensual camisola branca, e uma touquinha com pompons. Um pão! Seu nome, Topo Gigio.Topo Gigio era um simpático e falante ratinho por quem eu era completamente alucinada! Nunca fui uma criança tímida, ao contrário, era bem espevitada, passava o dia inteiro aprontando enquanto esperava a hora do meu namoradinho camundongo chegar. Minha mãe agradecia a Deus quando ele aparecia na televisão, sempre risonho, dançando e cantando sem parar, só assim eu dava um pouquinho de sossego, dizia ela.Foi assim que a música entrou na minha vida. Lembro até hoje do Topo Gigio, com uma faixa na testa, a lá Simonal, cantarolando 'meu limão, meu limoeiro, meu pé de jacarandá, uma vez tindo lelê, outra vez, tindo lalá...'. Eu tinha certeza absoluta de que o Simonal era algum amigo muito íntimo dele. Talvez primo, sei lá...- Não, espera... não pode ser, não existe primo adulto, pensava. O Simonal é muito grande, deve ser tio do Gigio. Ou avô, quem sabe? Ah, não importa, se ele é amigo do meu namorado, é meu amigo também. Eu só não entendia por que o Simonal imitava o Topo Gigio...Um dia, sem mais nem menos, os caras lá do Pasquim cismaram com o ratinho, disseram que ele era gay porque balançava a perninha e pedia beijinho para o Agildo Ribeiro. A solução foi arrumar uma namorada famosa para provar que ele era um rato de verdade, rato com R maiúsculo! A escolhida foi, ninguém mais ninguém menos que a própria 'namoradinha do Brasil', a Regina Duarte, que virou Rosita, minha rival. Mas, eu não senti ciúme, não. A verdade é que eu até gostava dela. Mas, o truque não deu certo. De novo, o Pasquim pegou no pé do Gigio com uma conversa esquisita de que ele era bissexual. Claro, o Gigio não gostou nem um pouquinho da brincadeira. Ficou muito magoado e, dali a uns tempos, resolveu ir cantar noutra freguesia. Jogou uma trouxinha nas costas, olhou no fundo dos meus olhos e cantou 'adeus amor, eu vou partir, pra bem longe daqui...'. Foi embora para sempre, nunca mais voltou.
Por Meire Bottura










Em pleno regime militar um ratinho importado dividia as atenções junto com a telenovela Beto Rockfeller, tratava-se de Topo Gigio, bonequinho criado pela italiana Maria Perego que ganhou fama internacional.Em seu país de origem, o personagem era apresentado pela atriz Gina Lollobrigida e nos Estados Unidos aparecia no famoso show do Ed Sullivan.Aqui no Brasil, Topo Gigio começou na Tv Globo, no programa de auditório Mister Show (1969) e fez um grande sucesso na época. Com o término do programa em novembro de 1970, o bonequinho ganhou um programa com o seu nome onde contracenava com Agildo Ribeiro, seu interlocutor humano. Este programa tinha um objetivo educacional de orientar as crianças em suas obrigações diárias como escovar os dentes, lavar as orelhas, fazer a oração, entre outras coisas.No programa, o ratinho manipulado por Laert Sarrumor e Agildo protagonizavam esquetes enquanto cantarolavam "Meu limão, meu limoeiro", entre outras músicas. As crianças esperavam ansiosas pelo momento em que o boneco, no final do programa, pedisse "um beijinho de boa noite" com seu sotaque italiano e balançando a perninha.Além das histórias protagonizadas pelo ratinho, o programa contou com a participação de artistas como Elisangela e o grupo The Fevers. Topo Gigio revelou Agildo Ribeiro como humorista e gerou uma série de produtos como gibis e brinquedos com o ratinho simpático.No episódio final, as crianças não conseguiam esconder a tristeza ao ver o boneco indo embora com uma trouxinha no ombro, virando-se no caminho para acenar para o público.





Os anos 70 estão de volta
Almanaque revive ícones marcantes da década,como o ratinho Topo Gigio e a moda da discoteca
Por Celina Côrtes
Período de forte repressão política no Brasil, os anos 70 também são lembrados pelo espírito festivo. Foi a época dos frenéticos dancin days, marcados pela explosão da discoteca, com as meninas dançando de meias coloridas lurex e os homens de calças boca-de-sino. Mas foram também os anos em que se falava muito no orelhão e as crianças brincavam com as bonecas Suzi e havia até um modelo black power do brinquedo. Aqueles anos loucos estão de volta com o Almanaque dos anos 70 (Ediouro, 416 págs., R$ 49), da jornalista Ana Maria Bahiana, uma divertida compilação de todos os símbolos, produtos e manias que animaram a década.
O almanaque, é resultado de muita pesquisa, é nostalgia pura. Não faltam referências ao Mug, um boneco de tecido que virou uma espécie de amuleto, ao simpático Topo Gigio – e seu companheiro Agildo Ribeiro –, que conquistou a criançada com seu sotaque italiano, e a carrocinha de sorvete Kibon, presente nas melhores esquinas. Afinal, foi nos anos 70 que o público infantil começou a ser explorado em todo o seu potencial de consumo.
A idéia de Ana Maria Bahiana foi criar uma colagem de informações, comoverbetes de enciclopédia. "Queria que o leitor se sentisse numa cápsula do tempo." Passa por Maria Schneider, estrela do proibido O último tango em Paris,e Leila Diniz, a primeira grávida fotografada de biquíni. Destaca o fim do sonhodos Beatles, na mesma época em que desponta a moda glitter, com David Bowiee seu visual andrógino. Foi nesse período que a ditadura viveu sua fase maiscruel, sob o comando do general Emílio Garrastazu Médici, enquanto o Brasil vibrava com a conquista da Copa de 70. A repressão teve reflexo até no mercado de consumo. A aparelhagem de som, àquela época o coração da casa – substituída nas décadas seguintes pela televisão –, era toda made in Brazil, mais um reflexo das rigorosas barreiras tarifárias impostas pelo nacionalismo do regime militar. Não podia faltar o toca-discos e, entre os mais abastados, toca-fitas e toda uma parafernália para amplificar o som. Junto com o Almanaque chega uma antologia de três CDs e o filme 1972, com roteiro e direção do marido, José Emílio Rondeau, e produção de Ana Maria Bahiana.
É bom lembrar que a ditadura fechou o cerco contra a música popular brasileira, que investia todas as suas fichas em denúncias sociais e era uma das maiores vítimas da censura. Chico Buarque foi um alvo reincidente e, não por acaso, o CD começa com o hino Apesar de você. O filme 1972 aborda o mais sombrio ano da ditadura, em contraste com a paradoxal efervescência cultural da época. Uma viagem.